Na busca por economia, alguns erros acabam sendo cometidos. Entenda como evitá-los.
Em um país tropical como o Brasil, a atenção ao conforto térmico deve ser devidamente elaborada. Isso porque temperaturas muito altas, estudos demonstram, diminuem a produtividade e também podem causar mal-estar, sobretudo para algumas faixas etárias mais sensíveis, como crianças e idosos.
Nesse sentido, a instalação de um aparelho de ar-condicionado se mostra uma das ações mais eficientes para climatizar ambientes, da residência ao trabalho. Desenvolvido especificamente para este fim, atualmente é possível encontrar diversos modelos, cada qual com sua destinação específica.
Uma dúvida constante, entretanto, é em relação ao consumo de energia do aparelho. Há quem diga que o ar-condicionado chega a gastar mais que o chuveiro em temperatura máxima e isso aqueles que não têm a informação correta.
Entender o real gasto do ar-condicionado e, consequentemente, investir na economia de energia de seu uso requer algumas informações extras. Podemos começar dizendo que a afirmação de que esse item gasta mais energia que um chuveiro é um mito.
Escolhendo o aparelho ideal para cada tipo de ambiente
A economia do gasto de energia do ar-condicionado, como em qualquer outro aparelho eletrodoméstico, começa já na compra. Como dissemos, existem aparelhos destinados a diferentes tipos de ambiente e essa é a primeira dica para que você não gaste mais que o necessário com o seu uso.
O ideal é que você entenda as medidas do espaço que deseja climatizar, em metros quadrados, e converse com o vendedor sobre qual o modelo indicado. Geralmente, ele será capacitado o suficiente para te indicar o aparelho ideal.
A potência do ar-condicionado é medida em BTUs, acrônimo do termo em inglês British Thermal Unit, e, como você deve imaginar, quanto mais BTUs tem um aparelho, mais energia ele gasta.
Mas vale notar, entretanto, que um aparelho menos potente nem sempre será sinônimo de menores gastos. Um aparelho com baixa potência instalado em um ambiente muito grande ou muito quente, por exemplo, será sobrecarregado, ou seja, gastará mais energia e terá uma vida útil muito curta. Essa condição de instalação pode até mesmo ser arriscada e não representará nenhum tipo de economia.
Procure aparelhos com o selo Procel
O selo Procel foi criado através de um decreto presidencial como forma de informar o consumidor sobre o consumo de energia de aparelhos eletrodomésticos. Em resumo, os dispositivos são testados por um sistema de parceria entre algumas instituições, incluindo o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Aqueles com boa eficiência enérgica recebem o selo.
Nele, é possível identificar o Coeficiente de Eficiência Energética (CEE), com classificações que vão de A a E, sendo o primeiro o mais econômico e o último o menos. Assim, na hora de comprar o seu ar-condicionado, dê preferência para aparelhos com o selo Procel e CEE A.
Aposte em tecnologias econômicas
Existem diversas tecnologias distintas de condicionamento de ar e algumas delas foram desenvolvidas especialmente pensando, entre outros fatores, no quesito economia. Entre os principais, vale citar a tecnologia inverter ou dual inverter, que são as mais econômicas do mercado.
Em resumo, esse modelo usa uma espécie de compressor que regula o funcionamento do ar de acordo com a temperatura do ambiente. Como você deve imaginar, quanto mais quente o ar, maior será o gasto de energia. Com o aparelho ligado, entretanto, a temperatura do ambiente vai ficando mais amena e os modelos inverter usam isso a seu favor.
Um aparelho assim chega a economizar até 30%, quando comparamos aos modelos tradicionais. O dual inverter, ainda mais potente, usa a mesma tecnologia, mas tem um rotor duplo. Economiza, assim, até 70% de energia. Vale a pena o investimento!