O biquíni é uma peça que acompanha as mulheres na praia e na piscina. É tido como um aliado no empoderamento feminino e usado por diferentes biotipos.
Quando surgiu, em 1946, causou muita polêmica, pois era um traje de banho mais aberto e exposto em comparação aos maiôs usados na época. O nome biquíni, inclusive, vem de uma região dos Estados Unidos chamada Atol de Bikini, onde eram feitos textos nucleares. A ideia era que a peça fosse uma explosão no mundo da moda e quebrasse paradigmas.
Foi entre a década de 90 e os anos 2000 que a roupa de banho ficou cada vez menor e se assemelhou ao que encontramos hoje nas lojas. Quer saber mais sobre a evolução do biquíni? Confira essa história.
Surgimento na França
O estilista Louis Réard foi o criador do biquíni, na década de 40. A peça era cavada, mas de cintura alta, e deixava a barriga, ombros e pernas mais expostos. Para a época, era um absurdo, a ponto de nenhuma modelo querer desfilar nas passarelas com a novidade.
Para apresentar o biquíni, o estilista precisou contar com a ajuda de Micheline Bernardini, uma stripper. Ela foi a primeira mulher no mundo a usar esta roupa de banho.
Modelos nada confortáveis
Depois da polêmica peça apresentada por Louis Réard, outros biquínis mais comportados – para a época – foram trazidos ao público. O objetivo era esconder o corpo feminino, tanto que não eram confortáveis e as calcinhas bem largas, acima do umbigo, com estampas delicadas, como flores e poá.
No entanto, o tecido da roupa de banho não ajudava muito. Era feita de algodão ou linho e quando molhadas incomodavam bastante, por ficarem pesadas no corpo.
Um toque feminino
Na década de 50, Brigitte Bardot foi responsável por divulgar biquínis mais bonitos e femininos. Neste período, ainda com certa moderação, as peças passaram a ser um pouco mais cavadas, mas longe de lembrar o que foi apresentado por Louis Réard.
A calcinha ainda cobria todo o bumbum, mas a parte de cima da peça já permitia mostrar as costas, mesmo tendo alças largas.
Um pouco de ousadia
Na década de 60, os biquínis ganharam um toque de ousadia. A versão cortininha foi vista pela primeira vez com Marilyn Monroe, mesmo que bastante comportada. No Brasil, as roupas de banho no mesmo estilo passaram a ser vistas com mais frequência e ganharam destaque nos guarda-roupas femininos. Inclusive, as estampas geométricas passaram a ser usadas e a lycra aparece nos tecidos.
O biquíni de crochê
Uma tendência que retornou recentemente, o biquíni de crochê surgiu na década de 70. O formato do top triangular, mais aberto e dando destaque aos seios, conquista seu espaço. Também é quando surge a tanga.
No Brasil, foi a década em que Leila Diniz se tornou símbolo do feminismo, ao ir à praia de biquíni e exibir sua barriga, nos últimos meses de gravidez.
Fio dental surge no Brasil
Na década de 80 surge um dos biquínis mais conhecidos, e a criação é totalmente brasileira. O famoso fio dental, com pouco tecido no bumbum. Nos outros países também havia uma tendência de calcinhas mais cavadas. O estilo beachwear, ainda usado atualmente, era comum nos anos 80.
Anos 90, a era do sunquíni
Na contramão da década anterior, nos anos 90 o foco foram os biquínis com calcinhas mais largas e de cintura alta, quase lembrando uma sunga. Foi o período em que cores mais vibrantes chegaram na moda praia feminina, como o vermelho e a estampa animal print.
Destaque para o umbigo
A partir dos anos 2000, mostrar o umbigo virou algo muito natural. As calcinhas de cintura mais baixa passaram a ser destaque, assim como o top cropped. O ideal era se sentir livre para exibir o corpo.
Atualmente, vários estilos de biquíni voltaram à moda, de forma que todas as mulheres se sintam confortáveis ao usar as peças. Além disso, o modelo fitness também ganha seu espaço na praia ou piscina.