Cachorro pega coronavírus?

Henrique
Henrique

Quando o mundo registrou os primeiros casos de coronavírus, ainda sabíamos muito pouco sobre o comportamento do vírus. No entanto, a comunidade científica internacional começou, imediatamente, a estudar para traçar estratégias de combate ao Covid. Por isso, todos os dias surgem novas informações sobre o assunto.

As notícias ainda confundem os tutores de cães e gatos, pois todo dia alguém fala alguma coisa diferente sobre o coronavírus e os animais domésticos. Eles pegam a doença? Podem transmitir entre eles? E para os humanos? Correm risco de morte? Precisam usar máscara? Vai ter vacina para pet?

São muitas perguntas, mas uma pesquisa divulgada pela Universidade Federal do Paraná (UFP) pode ser o começo das respostas. O estudo confirmou a presença do vírus em dois cães que vivem em casas onde havia pacientes em isolamento por conta da doença.

Motivo para pânico? Segundo os especialistas, não. A pesquisa testou animais domésticos em Curitiba, Belo Horizonte, Campo Grande, Recife, São Paulo e Cuiabá e concluiu que os casos positivos em cães são raros. Além disso, não há evidências de que eles sejam transmissores ou apresentem sintomas.

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Gatos são mais suscetíveis que cães

Segundo algumas publicações, os gatos têm mais chances de contrair a doença do que os cães — o primeiro caso em pets no Brasil foi em uma gata. Também há suspeitas de que eles possam transmitir a doença para outros felinos, mas não para cachorros ou humanos.

No entanto, não há evidências que mostram que cães ou gatos desenvolvam formas graves da doença e corram riscos de vida por conta dela. Pelo contrário, eles não costumam ter sintomas, embora alguns possam sentir desconforto respiratório ou digestivo. Em geral, os animais eliminam o vírus do organismo em poucos dias.

Em um dos casos mapeados pela UFP a tutora, que estava com coronavírus, tinha quatro cães e apenas um foi infectado. Além disso, em várias outras casas cujos donos foram positivados, os animais testaram negativos. Os casos confirmam a hipótese de que a transmissão entre eles não é tão provável.

Ao que tudo indica, são os humanos que passam o vírus para os animais. E o inverso não parece ser verdadeiro. Por isso, os animais não precisam usar máscara nem nada do tipo. Nós é que precisamos fazer isso.

Além disso, os passeios não são contraindicados, pois são fundamentais para a saúde  física e mental dos cães, especialmente os que vivem em espaços pequenos, como apartamentos. No entanto, reforçar as medidas de higiene com os animais, após os passeios, é uma boa ideia.

É pouco provável que os animais levem o vírus para casa, mas é sempre garantir que eles não o espalhem pelas patinhas, por exemplo. Existem produtos específicos para fazer isso, como álcool em gel apropriado para animais. A versão para humanos não é recomendada, pois pode causar reações alérgicas nos pets.

Cuidar da gente é cuidar dos pets

Apesar de vários países já terem iniciado suas campanhas de vacinação, especialistas de todo o mundo alertam que ainda deve levar algum tempo até que a pandemia seja controlada. Mesmo quem já foi vacinado pode transmitir e, por isso, apesar do alento, ainda precisamos manter alguns cuidados.

Até lá, evitar aglomerações, lavar as mãos com frequência e usar máscara de proteção são as melhores formas para proteger a nós mesmos e aos outros. E também o jeito mais eficiente de cuidar dos nossos cães. Se o vírus fica longe das nossas casas, também fica longe dos nossos pets.

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